A Diferenciação da Pérola de Fusão Primária e Secundário por Meio da Metalografia

Authors

DOI:

https://doi.org/10.17063/bjfs10(1)y202014-35

Keywords:

Pérola de fusão, Glóbulo, Metalografia, Investigação de incêndios, Ciências forenses

Abstract

As perícias de incêndio de natureza elétrica carecem de técnicas consistentes e reprodutíveis para a análise de perolamentos de fusão formados nos fios condutores. Embora a ciência dos materiais e a metalurgia possuam elementos disponíveis para análise de pérolas no cobre, parece não haver um consenso sobre qual método de análise seria apropriado. Assim, o presente estudo tem por objetivo discutir características que possibilitem a distinção entre pérolas de fusão primárias e secundárias nos fios de cobre, por meio do exame metalográfico, em condutores obtidos de cenas reais de incêndio. Por conseguinte, foi possível estabelecer quais os perolamentos possuíam “características” de traço de fusão primário, ou “características” de traço de fusão secundário utilizando-se a metalografia e que, quando analisados em conjunto com os demais elementos da cena, permitem ao perito criminal concluir acerca das circunstâncias do sinistro.  Apesar de não se tratar de uma técnica inovadora, o desenvolvimento do presente estudo faz-se oportuno considerando a ausência de trabalhos científicos tratando desse tema em nosso país.

Author Biography

André Carrara Cotomácio, Instituto De Criminalística De São Paulo

Engenheiro de Segurança do Trabalho, é Mestre em Engenharia de Produção e Graduado em Engenharia de Controle e Automação. Possui MBA em Finanças e Pós-Graduação em Administração de Empresas. É Pós-Graduando em Auditoria, Gestão e Perícia Ambiental (2019); e em Engenharia Diagnóstica: Patologia, Desempenho e Perícias na Construção Civil (2020). Atua como Perito Criminal no Instituto de Criminalística da Superintendência de Polícia Técnico-Científica do Estado de São Paulo, na área de Engenharia Forense.

References

Cordioli C. Incêndios com origem em fenômeno elétrico. In: ARAGAO, R.F. Incêndios e explosivos: uma introdução à engenharia forense. 2 ed. Campinas: Millennium, 2020.

DeHaan JD, Icove DJ. Kirk’s fire investigation. 7. ed. NY: Pearson, 2011.

Aragao R. Processos e fontes de ignição. In: Incêndios e explosivos: uma introdução à engenharia forense. 2 ed. Campinas: Millennium, 2020.

Kleinübing R. Diagnose de incêndios e explosões em veículos. In: ARAGAO, R. F. Incêndios e explosivos: uma introdução à engenharia forense. 2 ed. Campinas: Millennium, 2020.

NFPA. 2017. NFPA 921: Guide for Fire and Explosion Investigations. Quincy, MA: National Fire Protection Association.

Motelievicz ME, Acordi CF. Curto-circuito como fenômeno termoelétrico relacionado a causas de incêndios em edificações: mitos e verdades. Ignis: revista técnico científica do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, Florianópolis, v. 2, n. 1, 2017.

Medeiros VS. Incêndio no Flamengo: Relato do caso do Ninho do Urubu. Revista Perícia Federal, ano XV, n. 43, p. 36-41, 2019.

DeHaan JD, Icove DJ. Kirk’s fire investigation. 8. ed. NY: Pearson, 2019.

Babrauskas V. Arc Beads from Fires: Can ‘Cause’ Beads Be Distinguished from ‘Victim’ Beads by Physical or Chemical Testing? J. Fire Protection Engineering, 14, p. 125-147, 2004. https://doi.org/10.1177/1042391504036450

Babrauskas V. Research on electrical fires: The state of the art. Fire Safety Science, v. 9, p. 3-18, 2008. https://doi.org/10.3801/IAFSS.FSS.9-3

Johnson DK. Suppressed Evidence. In: Arp, R.; Barbone, S.; Bruce, M. Bad Arguments: 100 of the Most Important Fallacies in Western Philosophy. 1. Ed. John Wiley & Sons Ltd, 2019. https://doi.org/10.1002/9781119165811.ch98

Buc EC, Reiter D, Battley J, Sing TB, Sing TM. Method to characterize damage to conductors from fire scenes. Fire and Materials 2013, 13th International Conference and Exhibition, Conference Proceedings, p. 657-666, 2013.

Roby RJ, Mcallister J. Forensic investigation techniques for inspecting electrical conductors involved in fire. Journal National Institute of Justice, Office of Justice Programs, US Department of Justice, 2012.

Wright SA, Loud JD, Blanchard RA. Globules and beads: what do they indicate about small-diameter copper conductors that have been through a fire? Fire Technology, v. 51, n. 5, p. 1051-1070, 2015. https://doi.org/10.1007/s10694-014-0455-9

Wang L, Liang D, Mo S. Judgment model for identifying the type of electric molten mark in fire. Journal of Computational Methods in Sciences and Engineering, v. 16, n. 1, p. 125-133, 2016. https://doi.org/10.3233/JCM-160607

Meng QS. Analysis of Copper Wires Short Circuited Melted Mark. In: Applied Mechanics and Materials. Trans Tech Publications Ltd, p. 94-98, 2014. https://doi.org/10.4028/www.scientific.net/AMM.511-512.94

Voort GFV. Copper Color Metallography. Buehler Ltd. Disponível em: <https://www.buehler.com/assets/solutions/technotes/copper.pdf>. Acesso em 07 de julho de 2020.

Hasse S. Guβ- und Gefügefehler. Berlin: Schiele und Schön, 2002.

Li Y, Liu X. Study on metallographic structure of melted breakpoint mark for copper wire current overloading. Procedia Engineering, v. 135, p. 482-485, 2016. https://doi.org/10.1016/j.proeng.2016.01.159

Published

2020-10-27

How to Cite

Cotomácio, A. C., & Schröer, G. (2020). A Diferenciação da Pérola de Fusão Primária e Secundário por Meio da Metalografia. Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics, 10(1), 14–35. https://doi.org/10.17063/bjfs10(1)y202014-35

Issue

Section

Artigo Original